Política

Lei sancionada pelo Governador Carlos Brandão autoriza plantio de eucalipto e soja em áreas de até 280 hectares no município de Barreirinhas

A tentativa da Deputada Iracema Vale de criar uma imagem de protetora ambiental fracassou de vez. A divulgação ostensiva da mídia oficial do Governo do Estado parece que funcionou para chamar atenção não para o que dizem as manchetes das notícias, mas sim para o texto da Lei em si, que pelo visto não foi observado por nenhum deputado da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão e nenhum assessor do governador Brandão.
A Lei de autoria da deputada se destina à preservação e proteção dos Lençóis Maranhenses, “com ênfase na contenção do avanço de monoculturas, como as plantações de eucalipto e soja”, também proíbe novas plantações, em média e larga escala, no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e determina que os municípios de todo o território abrangido pela Lei observarão parâmetros de interesse regional.
De imediato já é possível dizer que essa lei é uma farsa. O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses já possui leis ambientais de preservação ambiental, e é uma área que pertence a União, não cabendo ao estado criar lei para o território. Mas o golpe dessa lei está mesmo é no fato de que ela não proíbe plantações de eucalipto e soja em baixa escala e estabelece que as áreas desses municípios que não estão dentro do parque, ficam à disposição dos interesses estaduais.
Assim é muito fácil! O Governador baixa um decreto autorizando o plantio onde ele julgar que pode, e as empresas ficam alternando o plantio, cada uma desmatando uma área de até 280 hectares, que é o que corresponde ao plantio de baixa escala em Barreirinhas. Por essa Lei poderíamos mesmo dar adeus à chapada de Rio Grande dos Lopes e dizer olá para uma nova Urbano Santos ou Belágua.
Será que a deputada acreditou mesmo que o povo de Barreirinhas não teria capacidade de entender do que trata essa lei? De entender que é um absurdo jurídico e que, por outros meios, legaliza o desmatamento das chapadas para o avanço de monoculturas.
A deputada está tendo dificuldade de enfrentar o mundo real e entender que fora do território onde reina seu chicote, existem muitas pessoas atentas às suas artimanhas e que não aceitam os seus ataques.
Mas a pergunta que não pode faltar é: O QUE ESTAVAM FAZENDO OS DEPUTADOS QUANDO SIMPLESMENTE APROVARAM A TOCO DE CAIXA ESSA ARMADILHA CONTRA AS CHAPADAS DE BARREIRINHAS?
Esqueceram de analisar a legislação federal e estadual, desconsideraram as leis municipais e desrespeitaram a população barreirinhense. Pelo visto estão muito mal agradecidos pelos votos que receberam e esqueceram que a Assembleia é a casa do povo maranhense e não comitê político de presidente.

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