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Estado Islâmico assume atentado contra mesquita no Afeganistão

Grupo jihadista é considerado rival do Talibã na região e já realizou outros ataques com bombas na capital, Cabul

O grupo Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade pelo ataque suicida contra uma mesquita xiita na cidade de Kunduz, no nordeste do Afeganistão, nesta sexta-feira (8). A ação deixou pelo menos 55 mortos, de acordo com um comunicado publicado nos canais do Telegram da organização jihadista.

No último domingo (3), um outro ataque do grupo considerado rival do Talibã matou cinco pessoas em uma mesquita em Cabul. Em resposta, os extremistas afegãos realizaram uma missão para destruir uma suposta célula do grupo jihadista na capital do país.

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Desde a tomada do poder pelos talibãs, em 15 de agosto, o Afeganistão vive a tensão de ser alvo de um ataque terrorista. No dia 26 de agosto, às vésperas do fim do prazo para a retirada das tropas estrangeiras, um ataque de um homem-bomba matou cerca de 70 pessoas, incluindo 12 militares norte-americanos.

Como resultado, os EUA fizeram um ataque por meio de um drone guiado de forma remota e dispararam contra um carro que supostamente seria usado para instalar bombas. O resultado foi a destruição de uma casa e a morte de dez civis, a maioria crianças de uma mesma família.

Inimigos

Embora os dois grupos sejam militantes islâmicos sunitas de linha dura, também são rivais e divergem em detalhes sobre religião e estratégia. Cada um diz representar a verdadeira bandeira da Jihad.

As divergências provocaram confrontos sangrentos, dos quais os talibãs geralmente saíram vitoriosos desde 2019.

Nas províncias em que esteve presente, o Estado Islâmico deixou marcas profundas. Seus homens mataram a tiros, decapitaram, torturaram e aterrorizaram os moradores, deixando minas por todos os lados.

O motivo dos ataques seria ainda uma reação ao acordo assinado no ano passado entre Washington e o Talibã, que levou à decisão de retirada das tropas estrangeiras.

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