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Entenda por que Donald Trump anunciou que será preso nesta terça

Apesar de ser alvo de processos, ex-presidente teme que envolvimento com atriz de filmes adultos seja a gota d'água para detenção

O ex-presidente americano Donald Trump anunciou no último sábado (18) que seria preso nesta terça-feira (21). Após o aviso, que foi feito online por meio da Truth Social, rede criada para a campanha do candidato, Trump convocou seus apoiadores para protestos.

“O principal candidato republicano e ex-presidente dos Estados Unidos da América será preso na terça-feira da próxima semana. Protestem, recuperem nossa nação! Protestem, protestem, protestem!”, postou.

A declaração foi motivada por uma investigação que está em andamento na Justiça de Nova York, onde as autoridades tentam determinar se Trump é culpado por declarações falsas e suborno.

Eventuais declarações mentirosas, se comprovadas, entrarão como um delito menor, porém, se confirmado que o candidato descumpriu as leis sobre financiamento de campanhas, as consequências serão mais graves para Donald Trump.

A suspeita é de que Trump tenha pago US$ 130 mil (cerca de R$ 682 mil) à atriz de filmes adultos Stormy Daniels, semanas antes das eleições de 2016, para que ela mantivesse segredo sobre um relacionamento extraconjugal com o empresário. Tal ação violaria as diretrizes de custeio eleitoral.

O ex-presidente nega a história e garante que as afirmações são mentirosas, além de não passarem de uma jogada política.

A acusação ganhou força graças ao ex-advogado do político Michael Cohen, que depôs no painel montado para investigar Trump. Cohen afirma que foi ele quem fez o pagamento à mulher, sendo reembolsado um período depois. 

Apesar do suposto envolvimento com Daniels ser a acusação mais comentada do momento, o caso construído contra o ex-presidente também analisa outros indícios de possíveis crimes cometidos antes e durante o seu mandato como presidente. 

Contra Trump, existem investigações sobre a tentativa de reverter sua derrota no estado da Geórgia nas últimas eleições presidenciais; análises sobre os documentos secretos do governo encontrados na residência dele em Mar-a-Lago; e verificações sobre possíveis incitações a ataques violentos, como o caso da invasão do Capitólio em 6 de janeiro.

Os promotores aguardam declarações de Trump, que ainda não se apresentou ao tribunal. No meio tempo, a polícia de Nova York reforça a segurança de pontos que possam servir como palanque de manifestações nesta terça-feira.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Raphael Hakime

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