PL suspende pagamento de empréstimo rural por 3 anos no MA
PL suspende pagamento de empréstimo rural por 3 anos no MA
Foi apresentado na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (19) o Projeto de Lei (PL) que suspende por três anos o pagamento de empréstimos para atividade agropecuária no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Pela proposta, ficam suspensos os pagamentos dos empréstimos dos seguintes programas de crédito rural:
- Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra);
- Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro);
- Programa de desenvolvimento cooperativo para agregação de valor à produção agropecuária (Prodecoop);
- Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf);
- Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp);
- Programa de Capitalização das Cooperativas de Produção Agropecuária (BNDES – Procap-Agro);
- BNDES – Agro;
- BB – Investe Agro; e
- Financiamentos de Custeio Pecuário.
O pagamento deverá ser retomado 12 meses após o fim da suspensão em três parcelas anuais.
QUEDA NA PRODUÇÃO
De acordo com Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024 divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de grãos, só na Bahia, deve registrar uma queda de mais de 6% em 2024.
Essa projeção é compartilhada por Maranhão, Tocantins e Piauí, além de todo o Nordeste em geral por causa do El Niño, fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico na linha do Equador.
Segundo o deputado Leo Prates (PDT-BA), autor da proposta, fica claro que os produtores da Bahia, Piauí, Maranhão e Tocantins passarão por dificuldade financeira neste ano, “havendo especial preocupação com a capacidade deles para quitar parcelas de financiamentos decorrentes de diversos programas de crédito rural”.
PRÓXIMOS PASSOS
A proposta será analisada em caráter conclusivo nas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para virar lei, o texto terá de ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.