Aconteceu no Maranhão

Artigo – O retrato do descaso e a política suja em Raposa

Artigo criado pelo jornalista Járed Alencar

Diante do descalabro público e aos destroços de sonhos esquecidos, extraindo um Raio-X da cidade de Raposa, constata-se um estado de desolação que fere a alma de qualquer observador. Aqui, não se trata apenas da pobreza material que assola as ruas, mas da miséria moral que permeia as decisões políticas e a vida dos habitantes desta terra esquecida.

Lamentavelmente, Raposa tornou-se um palco onde a vergonha parece ter sido banida, dando lugar a um espetáculo grotesco de lideranças que se unem para empobrecer ainda mais a população, apenas para, em seguida, oferecer esmolas como se fossem gestos de benevolência.

Onde deveria haver honra e integridade, encontramos apenas uma falta desesperadora de empatia e responsabilidade. É alarmante perceber que há aqueles que governam e ainda proclamam que uma cidade empobrecida é sinônimo de mais votos.

A lógica distorcida que subjaz a essa afirmação é um testemunho cruel da desumanização do processo político, onde os destinos das pessoas são subjugados à sede insaciável pelo poder.

Neste cenário de desespero e miséria e Raposa, vemos uma triste realidade se desdobrar diante de nossos olhos.

Durante os períodos eleitorais, é comum testemunhar os encontros entre aqueles que detêm o poder e os cidadãos que foram privados de uma vida digna. São indivíduos que carregam consigo o fardo opressivo da miséria e do sofrimento, lutando desesperadamente por migalhas que são lançadas como um gesto de falsa compaixão.

E não podemos ignorar o papel desolador desempenhado por certas figuras políticas que nunca tiveram a oportunidade de ocupar cargos de liderança (ser gestor de uma cidade), cuja moral já não existe mais.

Muitas vezes, foram alvo de críticas por parte da oposição, mas agora, ironicamente, encontram-se unidos ao mesmo grupo que agora derrama sobre a população o mesmo veneno que antes condenavam. É como diz as Escrituras Sagradas ‘‘O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama’’

Essa triste realidade nos leva a questionar o próprio propósito da política e do serviço público. Deveriam ser instrumentos de transformação e justiça social, mas em Raposa, parecem ter se tornado ferramentas de opressão e exploração.

Enquanto as ruas continuam a ecoar com os lamentos silenciosos dos despossuídos, é urgente que despertemos para a necessidade de uma mudança verdadeira e significativa. É preciso rejeitar essa cultura de corrupção e indiferença, e reivindicar um futuro onde cada cidadão de Raposa possa viver com dignidade e esperança.

Que estas palavras sirvam como um chamado à ação para todos aqueles que ainda mantêm a chama da justiça acesa em seus corações. Que possamos nos unir em solidariedade e determinação, e trabalhar incansavelmente para restaurar a dignidade perdida desta cidade amada, antes que seja tarde demais.

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