Tainá Sousa tem prisão preventiva homologada e é levada para sistema penitenciário de São Luís
A influenciadora Tainá Sousa foi encaminhada para o sistema penitenciário, onde ficará enquanto aguarda o andamento do processo contra ela.

Tainá Sousa teve a prisão preventiva homologada pela Justiça do Maranhão, nesse sábado (2), durante audiência de custódia. A decisão foi do juiz Ernesto Guimarães Alves.
Após a audiência de custódia, a influenciadora foi encaminhada para o sistema penitenciário de São Luís, onde ficará enquanto aguarda o andamento do processo contra ela pelos crimes de lavagem de dinheiro e pela suposta ‘lista de execução’ de autoridades.
abusos. A decisão valida a decisão de manter a pessoa presa, até posterior decisão judicial que revogue a prisão preventiva.
A prisão de Tainá foi realizada pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), na última sexta-feira (1), com base em um mandado de prisão preventiva, no âmbito da Operação Dinheiro Sujo, a qual apontou que Tainá elaborou uma lista com nomes de autoridades públicas e profissionais da imprensa que estariam marcados para morrer.
Segundo a Polícia, os citados na lista são pessoas que atuam de forma ativa no combate aos jogos ilegais, especialmente o “Jogo do Tigrinho”, o que iria contra os planos da influenciadora.
Na lista constava o nome de um blogueiro, do deputado estadual Yglesio Moisés, e também do delegado Pedro Adão, que lidera as investigações contra a influenciadora.
Quem é Tainá Sousa?

Tainá tem como nome completo Andressa Taina Lima de Sousa. Ela tem 30 anos e passou a ser conhecida, nos últimos anos, após apresentar uma vida de luxo e ostentação nas redes sociais.
A mudança meteórica no ‘status’ aconteceu de forma repentina, seguindo o padrão de outros influenciadores de São Luís que divulgavam nas redes sociais o jogo Fortune Tiger, conhecido como ‘Jogo do Tigrinho’, o qual é considerado ilegal e já provocou vários prejuízos e até a morte de seguidores.
Inicialmente, a polícia mirou esforços na Skarlete Melo, uma das pioneiras a fazer fortuna com o jogo ilegal e ostentar os ganhos nas redes sociais. Em setembro de 2023, a polícia realizou uma operação que identificou os ganhos ilegais da influenciadora e, três meses depois, ela chegou a ser presa.
Além de Skarlete, outros influencers também foram acionados pela Polícia Civil. No entanto, isso não intimidou Tainá, que seguia divulgando o jogo nas redes sociais. Em paralelo, a jovem passou a promover a própria imagem em eventos culturais, como o São João, pelo Boi de Nina Rodrigues; também no Carnaval do Rio de Janeiro, pela Mangueira.
Histórico policial

compras por meio virtual. Segundo a polícia, no mesmo processo Tainá confessou os crimes e firmou acordo de não persecução penal. O processo, atualmente, está suspenso.
Tainá também responde a outro Inquérito Policial por maus-tratos a animais e incitação ao crime porque teria oferecido bebida alcoólica ao seu cão de estimação. Ela ainda filmou a ação e divulgou nas redes sociais, segundo as investigações.
Lavagem de dinheiro
No decorrer das investigações, segundo a polícia, a Polícia Civil conta que Tainá demonstrou ser a líder de um grande esquema criminoso que levantava dinheiro pelo ‘Jogo do Tigrinho’ e depois lavava os valores em investimentos bancários.
No dia 30 de agosto, a Polícia Civil realizou uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão contra Tainá e outros quatro influenciadores que fariam parte do grupo criminoso. Na ocasião, Tainá teve a prisão pedida pela Polícia Civil. No entanto, segundo o delegado Pedro Adão, a Justiça concedeu apenas medidas cautelares.
“A Polícia Civil entendeu que seria necessária a prisão da líder do grupo criminoso, porém o poder judiciário concedeu medidas cautelares, que basicamente são: não poder se ausentar do país, entregar o passaporte, bloqueio das redes sociais e não poder acessar as redes sociais”, afirmou o delegado.
Segundo as investigações, o grupo utilizava redes sociais para divulgar o ‘Jogo do Tigrinho’, atraindo vítimas por meio de promessas enganosas de lucros rápidos e elevados. Os seguidores eram estimulados a se cadastrar e depositar valores em plataformas de jogos do tipo caça-níqueis, operadas por indivíduos que contratavam os influenciadores investigados para impulsionar a divulgação.
Além de Tainá Sousa, também foram alvos os influenciadores Maria Angélica, Otávio Filho, Otávio Vitor e Neto Duailibe. Para a polícia, todos usavam suas imagens para promover os jogos e levar as vítimas para um grupo de WhatsApp em nome da Tainá Sousa. O grupo também tinha uma advogada, que era encarregada pela lavagem de dinheiro, segundo a polícia.

Como parte das medidas judiciais da operação, foi determinado o bloqueio de R$ 11.424.679,00 dos investigados, além do sequestro e apreensão de uma moto aquática e veículos de luxo, incluindo modelos como Range Rover Velar, Range Rover Evoque, BMW e Toyota Hilux.
Tainá, que tinha 127 mil seguidores no Instagram, também teve as redes sociais bloqueadas pela Justiça.
A defesa dos influenciadores citados na matéria ainda não se manifestou sobre o caso.
por Imirante.