Talibãs destroem célula do Estado Islâmico em Cabul
Atentado ocorreu horas depois de um suposto ataque da organização jihadista que deixou cinco mortos em uma mesquita
Os talibãs anunciaram, nesta segunda-feira (4), que destruíram uma célula do Estado Islâmico (EI) na capital afegã, Cabul, horas depois de um suposto ataque da organização jihadista que deixou cinco mortos em uma mesquita.
O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, disse que os combatentes fizeram a operação no norte de Cabul na noite do último domingo (3).
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“Como resultado da operação, que foi muito decisiva e bem-sucedida, o centro do EI foi completamente destruído, e os membros do EI em seu interior morreram”, tuitou Mujahid.
Testemunhas e jornalistas da AFP ouviram explosões e disparos na capital no momento do assalto, enquanto imagens publicadas nas redes sociais mostravam uma grande explosão e fogo no local.
Abdul Rahaman, um funcionário do governo em Cabul, disse à AFP que um “grande número” de membros das forças especiais dos Talibã atacou pelo menos três casas em seu bairro.
“Os confrontos continuaram por várias horas”, disse ele, acrescentando que não conseguiu dormir pelo som dos tiros. “Não sei quantos morreram, ou foram presos, mas o combate foi intenso”, completou.
A operação foi lançada horas depois de um ataque mortal a um lugar de oração na mesquita de Eid Gah, em memória da mãe de Mujahid, o porta-voz talibã. Ela faleu na semana passada.
A operação ocorreu horas depois de um ataque na mesquita de Eid Gah, onde ocorria uma oração em memória da mãe de Mujahid, o porta-voz talibã. Ela faleu na semana passada.
Um funcionário da comissão cultural do governo, que pediu para não ser identificado, disse à AFP que cinco pessoas foram mortas, e 11 ficaram feridas. As baixas incluem civis e talibãs. “Também prendemos três pessoas ligadas à explosão”, acrescentou.
Segundo a mesma fonte, o artefato foi colocado na entrada da mesquita. Explodiu no momento em que as pessoas saíam, depois de apresentarem suas condolências a Mujahid e sua família.
Nesta segunda-feira, Mujahid disse à AFP que uma investigação está em andamento, mas que “a informação inicial sugere que grupos ligados ao EI cometeram o ataque”.
Tanto os talibãs quanto o braço afegão do EI, conhecido como Estado Islâmico-província de Khorasan, são islâmicos sunitas de linha-dura. Divergem, porém, em temas como religião e estratégia, o que já provocou sangrentos confrontos entre eles.