O apagão no sistema abastecimento de energia elétrica que afetou ao menos 18 estados e o Distrito Federal na manhã desta terça-feira (15) e que interrompeu serviços públicos e interrompeu atividades empresariais, ocorre um dia depois de o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, pedir renúncia do cargo.
A renúncia foi informada ao mercado na segunda-feira e o conselho de administração da companhia escolheu, logo em seguida, Ivan de Souza Monteiro para a vaga. Monteiro era, até então, presidente do colegiado.
Ferreira havia assumido a Eletrobras em setembro do ano passado. Ele já havia exercido a presidência da companhia entre 2016 e 2021.
O comunicado da Eletrobras, emitido ontem, não informava o motivo da saída.
Trajetória
Ferreira foi indicado para a Eletrobras pela primeira vez, em 2016, pelo ex-presidente Michel Temer. Antes, ele havia presidido a CPFL Energia por 18 anos.
Quando o ex-presidente Jair Bolsonaro assumiu, em 2019, Ferreira foi mantido no cargo. Ele saiu em 2021 e voltou no ano passado, após a privatização da companhia.
Apagão
Na manhã desta terça, logo após o apagão ter sido registrado no país, o Grupo Equatorial Energia informou que a atuação do ‘Esquema Regional de Alívio de Carga’ foi o que provocou a interrupção geral no fornecimento de energia elétrica.
O esquema consiste em um mecanismo de proteção da rede para tentar restringir a perda de carga no sistema. Em todos os estados em que há concessão do Grupo (Alagoas, Amapá, Maranhão, Goiás, Pará, Piauí e Rio Grande do Sul, a normalização já foi iniciada, segundo a empresa.
O grupo informou que segue acompanhando junto ao Operador Nacional do Sistema (ONS) as providências para o restabelecimento integral das cargas e com equipes técnicas de prontidão em todas as suas bases nos estados.
Houve registro de suspensão do fornecimento em várias cidades de todo o país. O g1 apurou que os estados do Piauí, Bahia, Acre, Amapá, Maranhão, Pernambuco, Minas, Ceará, Santa Catarina e Paraíba foram afetados.