Sem embaixador há 9 meses, Chile põe radical de esquerda em Brasília
Por lealdade a Bolsonaro, Carlos França nem avaliou o agrément
Sem embaixador no Brasil há nove meses, desde a posse do atual presidente de extrema-esquerda Gabriel Boric, em março do ano passado, finalmente foi aceita pelo governo brasileiro a indicação de Sebastiám Depolo para o cargo.
Agora há pouco, nesta segunda (2), o Ministério das Relações Exteriores divulgou mota concedendo agrément ao chileno, radical de esquerda conhecido pelos insultos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O impasse na indicação do embaixador do Chile foi noticiado com exclusividade pela Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder, em 8 de setembro passado.
A indicação de Boric foi interpretada pela diplomacia brasileira como uma provocação, até um ato de hostilidade, e nem sequer considerou a hipótese de avaliar a concessão do agrément, o “de acordo”, condição para sacramentar a posse do nome indicado.
Durante a posse do atual presidente da Colômbia, a ministra chilena de Relações Exteriores, Antonia Urrejola, cobrou o agrément ao homólogo brasileiro, embaixador Carlos França
Na ocasião, o chanceler do governo do Brasil com clareza a Urrejolaque, por questão de lealdade ao presidente, nem mesmo submeteria a ele a concessão do agrément.
Bolsonaro não faz ideia de quem é o provocador Depolo, mas França conhece os seus insultos. Durante este período sem embaixador, o Chile foi representado em Brasília pelo diplomata Rodrigo Arcos Castro, encarregado de negócios chileno.
*Com informações do Diário do Poder